A primeira reunião da CPI acontece já na próxima terça-feira, 03/06, e terá como depoente o Dr. André Rotta Burkiewicz, presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria. O tema será a falta de leitos e o fechamento de ambulatórios para o tratamento da saúde mental.
Segundo Burkiewicz - “Esta situação é absurda pois muitos deles estão sofrendo sem ter um apoio psiquiátrico e psicológico adequado. Dessa forma a doença se agrava e o paciente corre grandes riscos como suicídio, crises de pânico e dependência química,o que torna mais difícil e demorado o tratamento.”
Conforme relata o Dr. Guilherme Gois, diretor da Clínica Ômega, a fila de espera para internamento na cidade de Curitiba ultrapassa 5.000 pacientes, alguns incluídos desde 2012 e a grande maioria com espera há mais de 6 meses. Em torno de 90% aguardam para atendimento no Centro de Especialidades Médicas da Matriz, único ambulatório administrado totalmente pela prefeitura, com médicos concursados. Os outros estão na fila dos demais ambulatórios, todos privados, que prestam serviço através de contratos com a SESA.
“Em minha opinião, um dos grandes fatores dessa enorme fila de espera é o subfinanciamento dos serviços pelo poder público. O repasse para as consultas ambulatórias se mantém o mesmo desde 2008, de R$14,03 por consulta. Este valor não foi sequer corrigido durante todos esses anos. Dificulta a sobrevivência dos ambulatórios, que não têm capacidade financeira para pagar suas despesas básicas e principalmente contratar profissionais de psiquiatria, pois não aceitam atender pacientes por R$10,00 a consulta.” declara o Dr. Guilherme.
Para Leprevost, “a situação tende a piorar se providências urgentes não forem tomadas. A CPI pretende investigar esses casos e propor soluções que resolvam de uma vez por todas o problema.”
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